O dia mundial do café – 14/04 está chegando, e para prestigiar a data vamos falar sobre o Mercado do Café no Brasil que tem grande importância econômica para o país.
Não só a questão da economia, como também é motivo de orgulho nacional!
Afinal, no Brasil não tem só carnaval, somos bons em muitas outras coisas e podemos sim nos gabar do nosso café pelo mundo!
Descubra mais nos próximos tópicos!
O mercado de café – posicionamento do Brasil no mundo
Primeiramente precisamos destacar o Brasil no mercado de café mundial.
Nosso país faz parte do cinturão do café que é praticamente as maiores regiões produtoras de café no mundo.
Há mais de 150 anos o Brasil é o maior exportador da bebida, sendo responsável por 1/3 da produção mundial, isto é, a cada 10 xícaras de café no mundo, 4 vem do Brasil.
O nosso recorde em exportação foi em 2020, quando atingimos a marca de 44,6 milhões de sacas exportadas.
Os nossos principais compradores são os EUA – cerca de 8,1 milhões de sacas, a Alemanha – 7,6 milhões de sacas e em terceiro lugar a Bélgica – 3,7 milhões de sacas.
Mas e o Mercado do Café no Brasil, como é?
O consumidor brasileiro também tem seu lugar de importância para o mercado do café nacional, já que somos o 2° maior consumidor global de café.
Só para ilustrar, consumimos em 2021 cerca de 21,5 milhões de sacas de 60kg, perdendo apenas para os Estados Unidos.
O café é o 4° produto mais produzido no país, ficando atrás somente da soja, milho e cana de açúcar, o que gerou uma receita de 55 bilhões para o país em 2022.
Segundo a CNC, no Brasil existem cerca de 330 mil propriedades rurais produtoras de café, distribuídas em 1983 municípios.
Sendo que 78% são agricultores familiares, ou seja, são famílias que têm a cafeicultura como principal renda.
Ou seja, a família é responsável pela administração das terras, mão de obra e todas as outras tarefas.
Os estados brasileiros produtores de café
Os estados que mais produzem café no país são:
Minas Gerais: onde estão concentradas cerca de 150.971 propriedades dedicadas ao café, que corresponde por 50% da produção de café nacional. Praticamente o cultivo é 100% arábica e é onde mais se produz café especial.
Espírito Santo: Tem cerca de 76.110 cafeicultores que produzem principalmente o café conilon (robusta)
São Paulo: Só produz arábica, além de ter o principal porto de onde saem nossas exportações.
Bahia: tem 27.227 cafeicultores que se distribuem pelo planalto e cerrado da Bahia, as duas regiões que produzem café arábica no estado. E ao sul, há algumas áreas que se produz café conilon (robusta).
Rondônia: Produz exclusivamente café conilon, tendo uma produção anual de 2 milhões de sacas. É onde estão 18.020 cafeicultores, em sua maioria, pequenas propriedades e produção familiar.
Paraná: Com 12.005 propriedades rurais voltadas para o café, que produzem somente café arábica e tem dado ênfase no processo de cereja descascado.
Comportamento do consumidor brasileiro
Já vimos que o brasileiro consome muito café e segundo pesquisa da ABIC, grande parte dos apreciadores de café, bebem cerca de 2 ou mais xícaras de café por dia.
Seja para despertar e começar o dia com mais disposição, por já ser parte da tradição familiar ter um cafezinho no café da manhã ou da tarde, para receber visitas e socializar, ou simplesmente para relaxar. São vários os motivos pelos quais amamos essa bebida!
Os cafés mais vendidos no mercado interno brasileiro foram o tradicional e o extra forte, que corresponderam a 89% das vendas no Varejo e Atacado.
A mesma pesquisa comentada identificou 3 tipos de consumidores no Brasil:
- O público geral: que tomam café comum e não conhecem muito sobre café;
- Os entusiastas: que entendem um pouco do assunto e já gostam de consumir cafés diferenciados;
- E os especialistas: que entendem sobre café, fizeram cursos e trabalham ou não na área.
O público geral consome mais café tradicional e extra forte.
Por outro lado, os entusiastas consomem bastante o café gourmet e especial, mas boa parte também consome o tradicional.
Enquanto que os especialistas optam pelo café especial ou gourmet.
Talvez uma das novidades do último ano, seja o aumento do consumo dos cafés em cápsulas, as chamadas monodoses, que tiveram um faturamento de 14,8% e vêm crescendo de 40% a 50% ao ano.
O que podemos esperar do Mercado do Café no Brasil
O mercado nacional do café é uma das mais rígidas em relação às questões sociais e ambientais no mundo e tem buscado cada vez mais sustentabilidade em suas práticas.
Assim como os consumidores, tanto nacionais, quanto internacionais têm exigido mais padrões sustentáveis na cafeicultura como um todo.
Ainda que após o covid 19 tivemos produções menores e uma baixa no consumo interno, o mercado continua otimista.
Pois a cafeicultura continua sendo uma das atividades econômicas mais importantes do país, gerando emprego e renda, e entregando a cada ano mais qualidade no produto final.
Não é interessante saber o quanto o nosso cafezinho contribui para o nosso país? Então continue lendo mais textos interessantes como esse aqui no blog do Consciência Café!